Quarto
Sentas-te na cama. A meia-luz, curvado, o teu perfil esguio desenha uma meia-lua.
Observas-me ao longe, encostada à ombreira da porta, de pés descalços e receosos pela ousadia da negligé.
Deixo deslizar o cetim preto até ao chão. Fico imóvel, de corpo nu e alma exposta.
Avanço para ti.
Os meus passos são sementes que lanço à terra, esperando as colheitas que hão-de vir.
Ao caminhar, escuto as promessas do tempo, os sussurros, os risos, e revejo as imagens felizes dos meus sonhos de menina.
Caminho sempre, até os meus pés desaguarem nas tuas veias e se confundirem com o calor do teu regaço, a textura do teu cabelo, o cheiro da tua pele.
E aí, vejo como todos os passos do mundo foram só os bastidores do coração e que o palco da minha vida começa em ti.
Observas-me ao longe, encostada à ombreira da porta, de pés descalços e receosos pela ousadia da negligé.
Deixo deslizar o cetim preto até ao chão. Fico imóvel, de corpo nu e alma exposta.
Avanço para ti.
Os meus passos são sementes que lanço à terra, esperando as colheitas que hão-de vir.
Ao caminhar, escuto as promessas do tempo, os sussurros, os risos, e revejo as imagens felizes dos meus sonhos de menina.
Caminho sempre, até os meus pés desaguarem nas tuas veias e se confundirem com o calor do teu regaço, a textura do teu cabelo, o cheiro da tua pele.
E aí, vejo como todos os passos do mundo foram só os bastidores do coração e que o palco da minha vida começa em ti.
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